A relação entre corpo e natureza é sempre mediada pela cultura. Mas esta cultura muda. E estabelece hierarquias. Transar no mato, nadar pelado, às vistas da cidade, não é civilizado. O nadar tem que ser vestido, ou em espaços disciplinados. O banho público é regulamentado. Isto não transformas as relações da sociedade com os corpos d'água? Rios, praias, lagoas? Não cria espaços privados de banho "civilizado", as piscinas?
O Evento
Organizado pelo Programa de Pós-Graduação em História Social (PPGHIS-UFRJ), o colóquio busca colocar em debate pesquisas e ensaios de historiadores que transitem nas fronteiras de sua disciplina a partir do diálogo com literatura, arte, antropologia, filosofia. Trata-se de focalizar o “corpo” na história, não apenas como a “coisa” ou a “realidade” biológica de um sujeito, mas principalmente como forma aberta, moldável e mutável na relação sujeito/objeto. “Corpo” como lugar do encontro e da mediação sujeito/objeto; corpo, na perspectiva da escrita de si; corpo como metáfora para comunidade; corpo, governo, soberania; corpo-instituição. Nesse sentido, o corpo será histórico justamente por não ser um objeto fixado da pesquisa — “corpo humano” do homem, corpo animal — mas pela sua mutabilidade e, justamente, pela mediação da prática simbólica de construção de identidade / alteridade.
quarta-feira, 4 de julho de 2012
Corpos Avulsos - profa. Lise Sedrez
A relação entre corpo e natureza é sempre mediada pela cultura. Mas esta cultura muda. E estabelece hierarquias. Transar no mato, nadar pelado, às vistas da cidade, não é civilizado. O nadar tem que ser vestido, ou em espaços disciplinados. O banho público é regulamentado. Isto não transformas as relações da sociedade com os corpos d'água? Rios, praias, lagoas? Não cria espaços privados de banho "civilizado", as piscinas?
Olá, gostaria de saber quais são as referências das imagens.
ResponderExcluirObrigado,
Daniel Taveira